No seguimento de um post anterior deixo este carinhosamente plagiado de um blog por aí (Daliteratura.blogspot)
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Acerca do programa das Novas Oportunidades, João Miranda escreveu este post.
Acerca do programa das Novas Oportunidades, João Miranda escreveu este post.
De acordo na parte respeitante à (relativa) futilidade da auto-estima. Mas JM está mal informado. Há mesmo quem «não tenha conseguido o certificado das Novas Oportunidades» sem que isso fosse consequência de desistência prévia.
Isto dito, é vulgar ouvir pessoas de direita falar das Novas Oportunidades nestes termos: «Agora preenche-se um formulário e já está. Estudar para quê?» O facto é que não está. Tantos disparates destes ouvi, que procurei e consegui ter acesso ao dossiê de uma trabalhadora do privado, com mais de 50 anos de idade, e 10 anos de escolaridade, que se habilitou à certificação do 12.º ano. O que me chegou às mãos foi um dossiê com 208 páginas A4, complexo o bastante para quem não domine um módico de conhecimentos muito variados, que duvido fosse satisfatoriamente elaborado por grande parte dos recém-licenciados. (Conheço teses de mestrado bem mais pobrezinhas.) Uma excepção? Talvez. Nas Novas Oportunidades, como em tudo, haverá certificadores e certificadores. Esta senhora que dou como exemplo, com 34 anos de actividade profissional, resolveu a coisa em 4 meses. Mas muitos colegas seus (dela) tiveram de ter formação profissional pelo meio, só no fim obtendo o certificado. E, num grupo de 15, três não conseguiram.Claro que é (muito) importante saber em que medida a certificação fez diminuir o desemprego ou promove a progressão nas carreiras ou no estatuto profissional dos candidatos. Essa parte continua por esclarecer.