terça-feira, 21 de julho de 2009

Potencial pessoal, QE, Inovação e Inovação Pessoal

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Não sei explicar o porquê, mas acredito que sempre soube avaliar o potencial de uma pessoa. Não sei se foi, já por ter gerido equipas, ou por outra razão qualquer. Simplesmente consigo.
Às pessoas que disse que tinham um potencial enorme (não o faço com todas porque em algumas não o vejo), consegui incutir-lhes que era possível irem muito mais além do ponto onde estavam, e vi-as a acreditarem nisto (gradualmente) e ultrapassar diversas situações (algumas complicadas como doenças, insatisfação profissional, baixa auto-estima) e excederem-se pessoalmente muito mais do que estariam á espera, estando muito bem hoje e felizes, após terem ultrapassado diversas situações.
Ou seja, são pessoas que antes eram imbuídas de um postura negativa e catastrófica, e hoje já nem se lembram disso, felizmente.
Contudo, o potencial de cada pessoa não é “tens e já está”. Têm de ser fomentado, e desenvolvido por cada um de nós no nosso dia-a-dia. Implica mudanças de comportamento, e de percepção do exterior para o interior, e do interior para o exterior, e de auto-análise.

Neste sentido, deixo aqui quatro textos, em que dois já tinham sido publicados previamente.

Seguem uma lógica de encadeamento. Apesar do segundo e do terceiro texto não serem tão claros, algumas das ideias contidas neles (são numa perspectiva organizacional na maioria) para serem enquadradas com o raciocínio apresentado, vão ter de ser extrapoladas nesse sentido.

1. Desenvolvimento Pessoal

Como se define o desenvolvimento pessoal e como relaciona-se ao potencial humano?

O desenvolvimento pessoal não se mede pelo sucesso financeiro, social ou externo.
Define-se sim pelos nossos esforços para desenvolver as nossas capacidades intelectuais, físicas e espirituais a fim de alcançar o potencial humano máximo (ou total). Neste processo, devemo-nos esforçar sempre, utilizando o máximo dos nossos talentos, capacidades e criatividade transformando isto sempre numa experiência enriquecedora para nós e que permite os outros beneficiar disto também.

Contudo, como actualmente, a cultura dos dias hoje é de uma gratificação imediata, e que preconiza uma ideia de enriquecer rápido
(enriquecer rápido pode ser substituído por bonito, magro, em forma, etc.).

Implica que se uma pessoa é rica, magra, ou bonita, logo será feliz.
Em vez de um crescimento e de desenvolvimento pessoais legítimo, estas ideias falsas levam as pessoas numa direcção oposta.
São muitas as histórias de pessoas que alcançam a riqueza e sucesso muito rapidamente, mas que logo a seguir “partem a cara” (como dizem os brasucas)

Estrelas de rock e de cinema, que são pessoas bonitas e abastadas financeiramente, que decidem terminar com a própria vida, porque são infelizes, a sua vida é oca, apesar do sucesso externo.
Não há passos rápidos, ou “corta-matos” no desenvolvimento pessoal
É um processo que implica reflexão, introspecção, extrospecção e auto-consciência, feitos de forma intencional.

O Movimento Potencial Humano

A ideia de desenvolvimento pessoal surgiu nos anos 60 com o movimento potencial humano que teve a sua origem, no existencialismo e na psicologia humanística. O objectivo era promover a ideia que as pessoas podem ter uma qualidade de vida excepcional, cheia de felicidade, criatividade, e realização pessoal quando se esforçam para alcançar seu potencial máximo.

Abraham Maslow, um psicólogo humanístico, apresentou a ideia da actualização pessoal constante, em que a realização pessoal conseguida por atingirmos um potencial humano elevado, é a expressão máxima da ida de um ser humano.
Na sua pesquisa, Maslow percebeu que encontrou que os povos auto-didactas, eram aqueles que eram mais criativos e espontâneos, que têm maior sentido de humor e lidam com facilidade com a incerteza que a vida traz todos os dias. Compreendem o que a vida têm para oferecer, têm uma grande preocupação com os outros, e para com os outros, e sabem apreciar de uma forma significativa, relações pessoais mais próximas.

Avançou com uma lista de comportamentos que podem conduzir as pessoas neste sentido. Estes incluem:
- Seja uma pessoa curiosa (não alcoviteira) e atenta como uma criança.
- Seja mente aberta e tente coisas novas.
- Seja honesto e não tenhas problemas em ser impopular só por discordar com alguém ou não agradar a todos
- Use sua inteligência (aquilo que está atrás da cara que se vê no espelho!)
- Trabalhe duramente em o que quer que seja que faz
- Encontre com quem você é, com o que você quer e com o que é mais importante para si.
- Não tenha medo de experiências novas.
- Tome a responsabilidade da sua vida e das suas acções (assuma o que faz, o que diz e porque o faz e diz).

Assim, o objectivo é desenvolver o “todo” de uma pessoa ou doas aspectos que caracterizam o ser humano: o físico, o emocional, o intelectual e o espiritual.
Para ser o seu " verdadeiro eu" significa sê-lo e ter a responsabilidade de o ser em todos aspectos supracitados.

O desenvolvimento pessoal, é então um processo para de ser o melhor que uma pessoa consegue ser, e assim alcançar o máximo potencial possível.
É uma viagem de auto-descoberta, auto-melhoria, e de auto-realização.

Questão pertinente #troca-o-passo
Não vos faz lembrar a Omnisciência do Dalai Lama?
Ver “Estágios da Meditação”.


2. QE- Quoficiente Emocional

Uma Questão de emoções...

A autocrítica, a crítica dos outros, a capacidade de compreensão, a tolerância e o "fair play" são características fundamentais para se ser bem sucedido no local de trabalho.
O quoficiente emocional passa exactamente por isso: avaliar a sua capacidade de usar as suas emoções. E é cada vez mais indispensável para o bom desempenho profissional.

Há quem defenda que a emoção representa tudo o que é contrário à razão e que uma pessoa racional não cede aos seus impulsos emotivos da mesma maneira que a emotividade nos obriga a não responder às directivas racionais. Na verdade, estas duas componentes complementam-se e é na sua fusão que se alcança a quase totalidade da essência humana. O homem é razão e emoção e é bastante difícil, senão mesmo impossível, conseguir distanciar as duas sem que uma delas não saia prejudicada.
Há sempre uma maneira de conseguirmos juntar as duas sem termos necessariamente de anular uma delas. Controlar as emoções é crucial para ter sucesso na carreira. Conhecendo os seus sentimentos e as suas emoções mais facilmente perceberá como aquilo que sente pode afectar aquilo que você faz. A autoconsciência emocional é indispensável para nos aperfeiçoarmos constantemente.
Identificando as nossas emoções, distanciando-nos delas, conseguimos ter uma melhor consciência do que sentimos e porque sentimos, ao mesmo tempo que conseguimos não nos deixarmos arrastar por impulsos que nos podem prejudicar.
Auto-avaliação: pare e pense com franqueza e honestidade em relação aos seus pontos fracos. Sendo autocrítico em relação às suas fraquezas consegue, mais facilmente, melhorar, evoluir e ultrapassar as suas limitações.
Confie nas suas capacidades: sem autoconfiança nunca vai conseguir ultrapassar os desafios diários que lhe vão sendo colocados.
Seja realista quanto aos seus pontos fortes para não cair nem na arrogância nem na falta de humildade.
Controle-se: não expluda nem deite tudo cá para fora sem pensar duas vezes naquilo que vai dizer. O que se diz não se pode retirar, mesmo que tenha sido dito de cabeça quente e que no fundo não seja verdade. Aqui é melhor que consiga racionalizar as suas emoções.
Seja de confiança: valores como a integridade, honestidade ou coerência distinguem os profissionais de hoje por serem cada vez mais raros de descobrir.
Pontualidade, disciplina e profissionalismo são igualmente apreciados.
Melhorar: sempre. Procure sempre fazer melhor mas sem cair em ambições desmedidas. Dê o seu melhor, vista a camisola.
Faça com que os objectivos da empresa se cruzem com as suas metas pessoais.
Optimismo: não deixe nunca que sentimentos negativos perturbem o seu desempenho ou afectem a sua boa disposição. Pense sempre que mesmo nas coisas más há um lado positivo e consegue-se sempre encontrar um lado bom.
Compreenda os outros: seja uma pessoa disponível e sempre disposta a ajudar os seus colegas. Mas também não se deixe enganar. Não ajude quem o prejudica. Saiba comunicar: ser extrovertido não significa necessariamente que se seja um comunicador nato. Saber ouvir e controlar o sentido de humor também é necessário para bem interagir com os seus colegas. Aproveite as oportunidades: aprenda a ser perspicaz e a ter visão para saber antecipar e agarrar as oportunidades antes de qualquer outro.
Conflitos: a melhor maneira de sobreviver a um conflito é detectando-o antes de ele aparecer e tomando medidas imediatas.
Tente promover a cooperação entre os seus colegas. Trabalhando em grupo mais facilmente se superam dificuldades e se alcançam objectivos. Duas cabeças pensam melhor que uma, mesmo quando o fim demora a atingir.
Na verdade, emotividade e racionalidade completam-se e é dessa forma que nos tornamos seres humanos melhores com capacidade para nos melhorarmos constantemente sabendo definir objectivos e estratégias. Valorize as suas emoções e melhore a sua carreira.

in "EXPRESSO" Publicada por E... em 2/15/2009 06:33:00 PM


3. Inovação e Inovar. De que falamos?

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Mas o que é Inovação e em que consiste?

Peter Drucker* que é considerado por todos o pai da ecomomia moderna defendia que:““ An established company which in na age demanding innovation, is not able to innovate is doomed to decline and extinction”.Ou seja:“ Na era do conhecimento, as empresas estão destinadas a fechar, ou não podem competir nem prosperar sem recorrer á inovação.”
Se pesquisarmos, vamos encontrar várias definições de Inovação, entre as quais destaco:- É a conversão de conhecimento e ideias num benefício para uso comercial ou para o bem público.

Esse benefício pode ser pessoas, produtos, processos e serviços novos ou melhorados.
- É a exploração de novas ideias, incorporando novas tecnologias, design e melhor práticas que permitam competir eficazmente na economia global.
- É a criação de algo novo, especialmente produto ou novo modo de produção.
- É a criação de valor a partir de novas ideias, produtos, serviços ou processos de produção.
- É o processo de adoptar uma nova coisa, ideia ou padrão de comportamento numa cultura.Em suma, pressupõe-se uma criação de algo novo ou adopção de algo que possa gerar benefícios.

A INOVAÇÂO segundo Peter Drucker assenta em 5 Princípios:

1. “A Inovação deliberada começa com a análise das oportunidades.começa com aquilo a que se chama as opurtonidades de origens de inovação. Em diferentes áreas, origens diferentes terão importâncias diferentes em épocas diferentes”

2. “A inovação é simultaneamente conceptula e perceptiva. O segundo imperativo de inovação é pois ver, perguntar, ouvir”

3. “Para a inovação ser eficaz, tem de ser simples e focada. Só se deve ocupar de uma, senão confude. Todas as inovações eficazes são tremendamente simples”

4. As grandes inovações começam por ser pequenas, Procuram fazer uma coisa única.

5. Mas… uma inovação com êxito tem sempre por objectivo conquistar uma liderança, caso contrário criam uma oportunidade para a competição.

Contudo este conceito têm que ser implementado, e por si só não é suficiente.
Assim esta implementação vai estar associada ou vai incluir sectores da Gestão:
- Estratégica, com acompanhamento da evolução tecnológica e planeamento de longo prazo;
- Da Investigação e Desenvolvimento com determinação de viabilidade económica de projectos de I&D;
- do Processo de Desenvolvimento de Novos Produtos ou Serviços;~
- dos Factores que Influenciam o Sucesso da introdução de inovações tecnológicas no mercado ou na empresa;
- da Transferência de Tecnologia entre a empresa e as entidades externas;
- de Aprovisionamentos Tecnológicos e escolha de sistemas e equipamentos para os processos produtivo e de gestão;
- de Design de engenharia
- de Qualidade nos produtos e nos processos- de Recursos Humanos de elevada qualificação técnica.~

Contudo, existem 3 condições a que a Inovação deve obedecer:

1. Inovação é trabalho. Exige conhecimento e muita criatividade.
2. Para terem êxito os inovadores devem apostar nos seus pontos fortes.
3. A inovação vai ter incidências na economia e na sociedade. Vai provocar mudanças nas pessoas ou nos processos.
A inovação tem de estar próxima do mercado e orientada para ele.Assim verificamos que:Num mundo globalizado a inovação é o motor da economia.Para inovar é preciso criatividade. Esta pode e deve ser estimulada.
Para ter o processo de inovação sob controlo é necessário medir a inovação. É um processo complexo e difícil. Pode ser feito através de ferramentas da qualidade.Para a empresa crescer precisa de inovar e neste processo deve ter referências. Um “Benchmarking”(pode ser pessoal) adequado poderá fornecer indicações quanto aos sectores onde a empresa deve investir para melhorar o seu desempenho no mercado.

ver Wikipédia Publicada por E... em 6/12/2008 05:10:00 PM

4. Inovação Pessoal
As inovações mais significativas são sobre pessoas, não “coisas”.

O pensamento é que a inovação tecnológica é algo como o avião, o PC, PDAs, Post-It Notes.
As inovações no que somos que têm o maior impacto, no entanto, são as inovações na forma como as pessoas trabalham que se reflecte. Basta pensar na inovação organizacional com os exemplos do Taylorismo e do Fordismo.
Outra faceta da Inovação é a Inovação Pessoal ou seja, as mudanças intencionais que um indivíduo faz no seu pensamento, as emoções, ou de comportamento, para criar uma nova dimensão de desempenho. Vivemos em um mundo de enormes mudanças e constantes no local de trabalho.
A disciplina pessoal para a inovação deve obedecer a aprender constantemente, crescer e desenvolver novas competências e perspectivas relevantes para a alteração das circunstâncias - é crucial para o sucesso.