Dia 31 deste mês, e como em todos os anos, é o Dia Mundial sem Tabaco.
Numa altura em que comecei a fumar regularmente, lembrei-me de fazer uma pesquisas sobre os efeitos nocivos e negativos desta erva. Assim aqui vai!
O tabaco vem da planta Nicotiana Tabacum e é uma substância estimulante. Pode ser encontrado em forma de charuto, cigarro (com ou sem filtro), cachimbo, rapé e tabaco de mascar. O tabaco é principalmente fumado, mas pode também ser inalado ou mastigado. Tem uma acção estimulante.
A combustão do tabaco produz inúmeras substâncias como gases e vapores, que passam para os pulmões através do fumo, sendo algumas absorvidas pela corrente sanguínea. Estes substâncias são:
Nicotina: A nicotina é o alcalóide da planta do tabaco. Quando chega ao Sistema Nervoso Central, actua como um agonista do receptor nicotínico da acetilcolina. Possui propriedades de reforço positivo e viciantes devido à activação da via dopaminérgica mesolímbica. Aumenta também as concentrações da adrenalina, noradrenalina, vasopresina, beta endorfinas, ACTH e cortisol, que parecem influir nos seus efeitos estimulantes.
Substâncias irritantes (como a acroleína, os fenóis, o peróxido de nitrogénio, o ácido cianídrico, o amoníaco, etc): provocam a contracção bronquial, a estimulação das glândulas secretoras da mucosa e da tosse e a alteração dos mecanismos de defesa do pulmão.
Alcatrão e outros agentes cancerígenos (como o alfabenzopireno): contribuem para as neoplasias associadas ao tabaco.
Monóxido de carbono: provocam a diminuição da capacidade de transporte de oxigénio por parte dos glóbulos vermelhos.
Origem
A planta Nicotina tabacum deve o seu nome ao médico Jean Nicot que popularizou o seu uso na Europa. Esta planta, juntamente com cerca de mais de cinquenta outras espécies, faz parte do grupo nicotínico.
É originária da América onde era usada, antes da descoberta deste continente, pelos seus efeitos alucinogéneos. É difundida na Europa, após a viagem de Colombo, em parte devido à crença no seu valor terapêutico. A procura do tabaco fez com que a coroa espanhola se apropriasse do monopólio do seu comércio. Mais tarde, os franceses e ingleses juntam-se aos espanhóis, contribuindo para a expansão desta substância, o que origina fortes repressões por muitas autoridades. A título de exemplo, refira-se que Fedorovich dava ordens de tortura a qualquer consumidor até que este confessasse quem tinha sido o seu fornecedor, para depois mandar cortar o nariz a ambos. Também o sultão Murad IV castigava com decapitação, desmembramento ou mutilação quem encontrasse a fumar.
A partir do século XVIII, o levantamento das proibições permite um crescimento gradual do consumo de tabaco. Este consumo era principalmente feito por aspiração nasal, apresentando-se o produto em forma de pó fino ou resíduos (neste último caso, era-lhe atribuído o nome de rapé). O tabaco era também enrolado ou recheado de triturado. Crê-se que o cigarro surgiu das navegações transatlânticas, durante as quais eram apanhados os restos de tabaco, que estavam a ser transportados para a Europa, e enrolados em papel (dado que as folhas inteiras da planta pertenciam à coroa). Começando por ser um consumo de marinheiros, pensa-se que em 1800 já se tinha alargado a outros estratos sociais na Península Ibérica e no Meditarrâneo. Para a sua expansão pelo resto da Europa, em muito contribuíram as guerras napoleónicas.
Na segunda metade do século XIX, o monopólio da fabricação dos cigarros passa a ser dos anglo-saxões. A partir desta altura, o tabagismo passa a afectar quase metade da população mundial.
Efeitos
O consumidor pode experimentar sensações reconfortantes, favorecimento da memória, redução da agressividade, diminuição do aumento do peso e do apetite em relação aos doces ou relaxamento. Geralmente, ocorre um aumento do ritmo cardíaco, da respiração e da tensão arterial.
Nas pessoas não dependentes pode provocar náuseas e vómitos.
Riscos
O consumo pode provocar hipotonia muscular, diminuição dos reflexos tendinosos, aumento do ritmo cardíaco, da frequência respiratória e da tensão arterial, aumento do tónus do organismo, irritação das vias respiratórias, aumento da mucosidade e dificuldade em eliminá-la, inflamação dos brônquios (bronquite crónica), obstrução crónica do pulmão e graves complicações (enfisema pulmonar), arteriosclerose, transtornos vasculares (exemplo: trombose e enfarte do miocárdio).
Em fumadores crónicos podem surgir úlceras digestivas, faringite e laringite, afonia e alterações do olfacto, pigmentação da língua e dos dentes, disfunção das papilas gustativas, problemas cardíacos, má circulação (que pode levar à amputação) e cancro do pulmão, de estômago e da cavidade oral.
O tabagismo materno influi no crescimento do feto, especialmente no peso do recém nascido, aumento dos índices de aborto espontâneo, complicações na gravidez e no parto e nascimentos prematuros.
A vitamina C é destruída pelo tabaco, daí que se aconselhe os fumadores a tomar doses extra de antioxidantes (vitaminas A, C e E), para ajudar a prevenir certos tipos de cancro.
Tolerância e Dependência
Existe tolerância, assim como dependência. A nicotina do tabaco é das drogas que mais dependência provocam.
Síndrome de Abstinência
Traduz-se por intranquilidade ou excitação, aumento da tosse e da expectoração, impaciência, irritabilidade, depressão, ansiedade e agressividade, má disposição, dificuldade de concentração que pode diminuir a atenção na condução de veículos, aumento do apetite e do peso corporal e diminuição da frequência cardíaca.
Lá vou eu voltar para a cerveja (ainda mais), pelo menos não fumo, mas bebo...muito!!
sábado, 2 de maio de 2009
Homenagem a Salazar em Santa Comba Dão
Talvez seja cínico ou não! Mas se for, pelos menos usufruo da visão aguda que os cínicos têm, ou seja, de muitas vezes verem muito mais além do que as outras pessoas não conseguem ver.
Em 1933 Salazar, através de um plebiscito aprovou a constituição que transformava Portugal numa ditadura Antiliberal e Anticomunista.
Viveu-se assim até 1974 onde através de um movimento revolucionário implementamos a Democracia. Desde aí respira-se Democracia. Boa ou má, mas respira-se.
Eu tenho orgulho em ser Português, mas tenho vergonha do meu Portugal.
Fez 35 anos que se deu o 25 de Abril. Acabamos nessa altura com a ditadura, com a coação, com o terror e o medo, com a Pide e muito mais.
Podemos começar a esquecer tempos muito negros do nosso país. E a viver outra vez como cidadãos livres.
Em 25 de Abril deste ano, em Santa Comba Dão, exactamente no dia em que comemoramos o fim da Ditadura, a Câmara local inaugurou um largo com o nome do ditador em sua homenagem.
Por isso arrisco-me aqui a estabelecer um paralelismo perigoso, aliás um deriva de outro. Ao aceitar-mos uma homenagem de cariz fascista, não estamos a ser permissivos e aceitar um nacionalismo deturpado de alguns. E qual é a diferença disto para os movimentos nacionalistas que tanto criticamos e tanto lutamos para erradicar?
Como se pode homenagear um ditador? Como se pode se reconhecer valor a um fascista?
Como se pode homenagear em Portugal alguém que representa tudo o que vai contra ao que as pessoas como livres acreditam?
E como esta homenagem a este ditador pode acontecer no dia em que se celebra o fim da ditadura deste em Portugal?
Como pode o Presidente desta câmara que foi democraticamente eleito, através de um sistema de sufrágio só possível por estarmos numa democracia pactuar com isto?
E como pode o PSD permitir que o seu autarca, João Lourenço, eleito como presidente da autarquia pelas listas do PSD permitir isto?
E o porquê do silêncio do PSD?
Isto tudo explica-se?
Em 1933 Salazar, através de um plebiscito aprovou a constituição que transformava Portugal numa ditadura Antiliberal e Anticomunista.
Viveu-se assim até 1974 onde através de um movimento revolucionário implementamos a Democracia. Desde aí respira-se Democracia. Boa ou má, mas respira-se.
Eu tenho orgulho em ser Português, mas tenho vergonha do meu Portugal.
Fez 35 anos que se deu o 25 de Abril. Acabamos nessa altura com a ditadura, com a coação, com o terror e o medo, com a Pide e muito mais.
Podemos começar a esquecer tempos muito negros do nosso país. E a viver outra vez como cidadãos livres.
Em 25 de Abril deste ano, em Santa Comba Dão, exactamente no dia em que comemoramos o fim da Ditadura, a Câmara local inaugurou um largo com o nome do ditador em sua homenagem.
Por isso arrisco-me aqui a estabelecer um paralelismo perigoso, aliás um deriva de outro. Ao aceitar-mos uma homenagem de cariz fascista, não estamos a ser permissivos e aceitar um nacionalismo deturpado de alguns. E qual é a diferença disto para os movimentos nacionalistas que tanto criticamos e tanto lutamos para erradicar?
Como se pode homenagear um ditador? Como se pode se reconhecer valor a um fascista?
Como se pode homenagear em Portugal alguém que representa tudo o que vai contra ao que as pessoas como livres acreditam?
E como esta homenagem a este ditador pode acontecer no dia em que se celebra o fim da ditadura deste em Portugal?
Como pode o Presidente desta câmara que foi democraticamente eleito, através de um sistema de sufrágio só possível por estarmos numa democracia pactuar com isto?
E como pode o PSD permitir que o seu autarca, João Lourenço, eleito como presidente da autarquia pelas listas do PSD permitir isto?
E o porquê do silêncio do PSD?
Isto tudo explica-se?
Subscrever:
Mensagens (Atom)