
Em 1933 Salazar, através de um plebiscito aprovou a constituição que transformava Portugal numa ditadura Antiliberal e Anticomunista.
Viveu-se assim até 1974 onde através de um movimento revolucionário implementamos a Democracia. Desde aí respira-se Democracia. Boa ou má, mas respira-se.
Eu tenho orgulho em ser Português, mas tenho vergonha do meu Portugal.
Fez 35 anos que se deu o 25 de Abril. Acabamos nessa altura com a ditadura, com a coação, com o terror e o medo, com a Pide e muito mais.
Podemos começar a esquecer tempos muito negros do nosso país. E a viver outra vez como cidadãos livres.
Em 25 de Abril deste ano, em Santa Comba Dão, exactamente no dia em que comemoramos o fim da Ditadura, a Câmara local inaugurou um largo com o nome do ditador em sua homenagem.
Por isso arrisco-me aqui a estabelecer um paralelismo perigoso, aliás um deriva de outro. Ao aceitar-mos uma homenagem de cariz fascista, não estamos a ser permissivos e aceitar um nacionalismo deturpado de alguns. E qual é a diferença disto para os movimentos nacionalistas que tanto criticamos e tanto lutamos para erradicar?
Como se pode homenagear um ditador? Como se pode se reconhecer valor a um fascista?
Como se pode homenagear em Portugal alguém que representa tudo o que vai contra ao que as pessoas como livres acreditam?
E como esta homenagem a este ditador pode acontecer no dia em que se celebra o fim da ditadura deste em Portugal?
Como pode o Presidente desta câmara que foi democraticamente eleito, através de um sistema de sufrágio só possível por estarmos numa democracia pactuar com isto?

E como pode o PSD permitir que o seu autarca, João Lourenço, eleito como presidente da autarquia pelas listas do PSD permitir isto?
E o porquê do silêncio do PSD?
Isto tudo explica-se?
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