"Não podemos entrar na modernidade com o actual fardo de preconceitos. À porta da modernidade precisamos de nos descalçar. Eu contei "sete sapatos sujos" que necessitamos deixar na soleira da porta dos tempos novos. Haverá muitos, mas eu tinha de escolher e sete é um número mágico:
Primeiro sapato: A ideia de que os culpados são sempre os outros.
Segundo sapato: A ideia de que o sucesso não nasce do trabalho.
Terceiro sapato: O preconceito de que quem critica é um inimigo.
Quarto sapato: A ideia de que mudar as palavras muda a realidade.
Quinto sapato: A vergonha de ser pobre e o culto das aparências.
Sexto sapato: A passividade perante a injustiça.
Sétimo sapato: A ideia de que, para sermos modernos, temos que imitar os outros."