sábado, 11 de julho de 2009



No panorama actual da sociedade portuguesa, veio à discussão pública o Programa "Novas Oportunidades”. O formato em que foi concebido, e aplicado têm sido, muito discutido e alvo de críticas, claro que, sempre numa perspectiva “oposicionista”, e, logicamente política. Acredito que esta medida tenha lacunas (talvez possa haver algum facilitismo). Mas incrivelmente parece-me que relativamente às “Novas Oportunidades”, há um ponto que todos estão a esquecer! A possibilidade criada e oferecida às pessoas não possuidoras de competências académicas mínimas, de as adquirir, além, pelo facto por si só, têm também um impacto surpreendentemente positivo nestas profissionalmente, e na sua vida pessoal. Estas pessoas majoram-se nos vários aspectos da sua vida. Profissionalmente, é impossível que isso aconteça de imediato (se com um recém-licenciado já inserido no mercado trabalho isto demora a acontecer, então com estas pessoas não vai ser diferente), mas acontece, e pela razão, que pessoalmente, estas sentem-se mais valorizadas, mais seguras, e mais confiantes com elas próprias. Tornam-se melhores profissionais, além de enriquecerem como pessoas.
E ao contrário, de muito do que está dito, e que está a ser analisado mediante uma perspectiva política (claramente "anti-qualqueralguém"), muitas destas pessoas que receberam um “ Certificadozinho” (como muitos têm dito por aí), aproveitaram esta “Nova Oportunidade” e avançaram para o Ensino Superior. Só possível graças a este “Certificadozinho”. Algo que teria sido impossível anos atrás!
Por isso, este reconhecimento, permitido por esta excelente medida, traduz-se em vários sectores da sociedade portuguesa. Trabalhadores mais competentes, e com dinâmicas, que podem ser transferidas do mundo académico, para o mundo profissional, pessoas empreendedoras, além de, estarmos a falar de eventuais agregados familiares, onde o nível académico subiu, e que obviamente, se reflecte na geração seguinte.
Adenda:
A confirmar-se o facilitismo nesta medida, este deve ser corrigido(parece que são claros os indícios deste). Não defendo dois pesos e duas medidas.Não aceito que haja pessoas que sejam beneficiadas perante outras (nem deveria estar a dizer isto, porque é incluso a qualquer medida tomada). Têm de ser corrigido, porque senão vai se estar a camuflar uma realidade existente. Contudo, afirmo que as “Novas Oportunidades” permitiram a várias pessoas adquirir algumas competências que jamais iriam ter, senão fosse a existência deste programa.Não falo nas pessoas, como um objecto, no qual se dê para fazer um “up-grade”. Falo sim, é na possibilidade, que agora existe, de as pessoas adquirirem formação e competências.
Aconselho, aos mais incautos, a verem o que é feito no âmbito deste programa.
Mas, afirmo, que o enquadramento pedagógico, deste programa, não pode ser o convencional. Deve ser deliniado, de acordo, com o enquadramento profissional de cada aluno (perante profissionais de determinado sector).
Mas torno a frisar, que não deve haver facilitismo, e nem “darem-se” Certificados!

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