Em termos de gestão temos sentido a ruina da economia a aumentar. Já são muitos anos a pedir-se aos portugueses para apertar o cinto.
Os portugueses na sua maioria de classe média, mas cada vez menos média e mais baixa, são os mais penalizados.
Compreendo que sacrifícios devam ser feitos, mas não podem ser sempre feitos pelos mesmos.
A classe política, constituída por pseudo-iluminados recorrem sempre à mesma receita. Aumento de impostos, aumento de impostos, aumento de impostos e corte nos direitos adquiridos das pessoas.
Está mais que na altura, esta classe parar de dizer “olha para o que eu digo e não para o que eu faço”. E aqui, para além de um comportamento exemplar fruto de sufrágio destes quanto á rede de influências e de acção que lhes assiste, inerentes aos cargos que ocupam, estes têm de perceber que o trabalhador português não pode andar a encher bolsos de muitos deputados que por aí andam, e que nada produzem, seja capital monetário ou capital intelectual. Infelizmente constata-se que são uma mera despesa para os bolsos dos portugueses que lhes pagam os ordenados através dos seus elevados impostos.
E é por aqui que a classe política tem de ser reformulada, pois em nada justifica um tão elevado número de deputados com assento na assembleia da república, ainda para mais onde é quase vigente o voto em bloco, ou seja, em que um decide o voto de todos os outros.
Outra situação que é vergonhosa, é o direito a compensações monetárias (será que podemos chamar-lhes reformas?), atribuídas aos deputados por terem sido deputados (aqui eventualmente abrindo excepções para o Primeiro Ministro, Presidente da República e Presidente da Assembleia da República). E mais grave é por haver acumulação destas “reformas” em ex-deputados em idade activa e a exercerem funções no mercado de trabalho com os seu ordenados.
Isto é inexplicável, aos olhos do cidadão comum, porque se eu exercer uma função na empresa X e for trabalhar para a empresa Y, de certeza que não vou receber reforma por ter estado nessa empresa. Vou ter direito a reforma somente quando estiver em idade de reforma e me reformar.
Considero que seria justo para estes ex-deputados eventualmente verem a sua reforma aumentada por terem exercido funções como deputados, mas isto sempre de forma igual como para todos os reformados deste país, ou seja, quando atingissem a idade de reforma.
Quanto aos ex-Primeiro Ministros, ex-Presidentes da República, e ex-Presidentes da Assembleia da República a situação é mais vergonhosa, pois acumulam em alguns casos várias reformas e ainda estão na vida activa. Nestes atendendo à importância do cargo que ocuparam (competentemente ou incompetentemente) e pelos serviços prestados à nação poderiam optar pela reforma mais elevada aquando da sua reforma, nunca antes.
Muito provavelmente assim, muitos milhares de euros poderiam ser poupados, salvos muitos empregos ou criar novos com estas verbas não despendidas.
Mas a mim o que mais transtorna, é o distanciamento da classe política com o verdadeiro dia a dia do cidadão, com as inúmeras dificuldades que sente. Vivem numa realidade completamente diferente, em que no Portugal real, o comum cidadão português já não luta para viver, luta é para sobreviver.
É caso para dizer que a classe política portuguesa só pode ser de Marte...
1 comentário:
... de Marte e do lado mais escuro!!!
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