Estava há uns dias a falar com uma amiga sobre pessoas!
Disse-lhe que não tenho preconceito contra as pessoas, na sua diversidade como seres humanos e como pessoas ( e quem me conhece sabe disto).
Tenho na minha esfera social todo um tipo de pessoas: caucasas ,de cor, altas, baixas, gordas, magras, licenciadas(não é o mesmo que ser inteligente), não licenciadas, feias, lindas, heteros, gays, bissexuais, ricas, pobres, lavam escadas, CEO’s de grandes empresas, (excepto a profissão de alguns coimbrinhas que dizem que são: “ sou o filho do Sr. Dr. XPTO troca-o-passo”), religiosos, ateus, agnósticos, e por ai adiante.
Nisto, ter vivido no Brasil, onde fora do “work-time” é “tudo igual”, foi positivo, e onde todas as pessoas são pessoas "normais e iguais", reforçando assim o que já pensava.
Mas isto tudo, porque estávamos a falar de sentimentos que as pessoas despertam em nós. E assim, acabamos a falar sobre ódio, que é um sentimento que enfim! Sobre odiarmos alguém enquanto ser humano e pessoa, e sermos odiados também!
De acordo com a minha opinião, disse-lhe que quando odiamos alguém, reconhecemos que a pessoa A provoca-nos sensações, por piores que sejam. Para isso, precisamos de um coração frio, e raciocínio, que é doente. Gastamos energia, neurónios e tempo. Odiar dá cabelos brancos, rugas. Para odiar, necessitamos do objecto do ódio, para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e aturá-lo. E também, para projectarmo-nos na pessoa, que é objecto do nosso ódio, para que possamos(ilusoriamente), desculpabilizarmo-nos perante nós próprios, e principalmente, perante os outros, nem que seja, por aceitação social, e supostamente justificarmo-nos perante eles ,e assim "lavar a cara". Têm tanto ódio em sim, que nem se podem mexer na rua, porque podem encontrar um, dos seus vários objectos de ódio.
Contudo, mesmo depois da conversa ter seguido outros rumos, ainda perdi alguns segundos com isto e reflecti.
Percebi que não sou de odiar! Não consigo odiar as pessoas, pura e simplesmente, mesmo as que não me querem bem e dizem mal de mim! O que acontece sim, é sentir um vazio quando penso nelas, tipo pena, quando supostamente as deveria odiar. Mas felizmente, não é o meu feitio!
Mas uma coisa digo: “ADORO QUE ME ODEIEM”
Adenda: Não é adorar, mas não me incomodar.
3 comentários:
Odiar é uma palavra tão "forte". Implica que essa pessoa, de quem supostamente não gostamos, nos ocupa o tempo, a mente; que perdemos tempo e energia a odiá-la.
Puseste-me a pensar se odeio alguém. Cheguei à conclusão que não. Há pessoas de quem não gosto, que já me prejudicaram deliberadamente, mas prefiro ignorá-las. Odiar? Não. Acho que também não sou dissso.
Bjks e bom fim de semana!
O Ódio e o Amor, serão dois pontos de uma mesma superficíe e que se tocam, naquelas que poderiam ser as extremidades dessa mesma superficíe.
Tal como acontece quando se ama alguém, o sentimento de ódio, é sempre sustentado. Nem que seja em razões falsas, julgamentos precipitados que fazemos de alguém, o que for.
Mas concordo com a Nirvana... O ódio por alguém, ocupa-nos o tempo, o nosso tão precioso pensamento com esse alguém.
Por quem nos quer e faz mal, devemos sentir (e sentiremos) indiferença e desprezo até. Quem odeia, reconhece na pessoa odiada mérito, nutrindo inclusivé admiração ou talvez também alguma inveja!
Abraço!
Errata:
No meu comentário anterior, onde se lê: superficíe, deverá ler-se: circunferência!
Circulando à superficíe, confudi-me!
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