1º - Votar…
Muitas pessoas olham para o Brasil e pensam: “Que país do terceiro mundo!”. Talvez tenha razão ou talvez não!
Uma das coisas que mais me impressionou quando lá vivi, foi o período de eleições!
No Brasil votar é obrigatório, e quem não vota, têm de justificar nas entidades próprias o porquê deste não acto!
A vantagem deste dever obrigatório imposto pela democracia brasileira, é o facto de que as pessoas assim procurarem sempre, de uma forma nem que seja sumária, saber quem são as pessoas que vão ser escolhidas por escrutínio. Ou seja, de uma maneira ou outra, as pessoas têm conhecimento em quem votam e talvez no que votam. Logo, votar é um acto reflectido (bem ou mal, não interessa).
Assim, as pessoas têm um papel, ainda mais activo nas eleições, porque para além de votar, falam nos candidatos ( e digo-vos que os brasileiros falam que se fartam) e procuram saber sempre algo sobre eles.
Em Portugal, é o oposto, dever cívico é quase nenhum! O que interessa é uma semana no Algarve, ou banhos de sol na “plage” ao fds. Ou seja, não se vota! E ainda para mais, numas eleições que elegem as pessoas que governam a Europa!
Enfim! É o nosso País e as pessoas que vivem nele!
2º A votação…
Uma das coisas mais surpreendentes nestas eleições para mim não foi o resultado destas.
Foi sim, os candidatos apresentados pelo PSD e pelo PS.
Pelo PSD, o candidato era o Paulo Rangel. Quanto a este senhor, só tenho a dizer que alguém com a responsabilidade política que ele têm, afirmar que o Durão Barroso, é um excelente politico e que fez um excelente trabalho como primeiro ministro (relembro a cimeira da guerra que levou a uma guerra baseada em inverdades) e como presidente da união europeia (aí passou a ser o boneco utilizado na contra-informação) nem merece a minha atenção. É uma convicção de alguém que anda noutro Portugal!
Na escolha do PS, o Vital Moereira! Ainda pus a hipótese de ter sido feita baseada em alguma Meritocracia ( em que as escolhas são baseadas , em tese, com base no merecimento, e onde há uma predominância de valores associados à educação e à competência). Educação reconheço-lhe toda, tanto pelo seu trajecto académico como profissional. Competência política ,não a posso reconhecer, pois, para além de só ter sido filiado no Partido Comunista e deputado à Assembleia Constituinte, grande parte da sua intervenção política resumiu-se a alguns pareceres jurídicos.
Outra, é o facto, de quem analisa os resultados, não perceber (na minha opinião) que o PSD não ganhou as eleições, mas sim o PS é que as perdeu!
Basta para isso analisar a votação! O país não virou à direita! O país virou ainda mais à esquerda! Basta para isso, ver os resultados do BE e do PCP! Ou seja, houve uma migração de votos para os partidos que defendem políticas com um cariz ainda mais social Outro factor para mim determinante, é que, muito do eleitorado PS, não foi votar por estar de “costas voltadas” com o seu partido, fruto de alguma insatisfação emergente em Portugal com esta legislatura.
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